17.1.08

Consumo versus sustentabilidade

Em Nova Iorque ou em São Paulo, todo mundo quer falar de sustentabilidade do planeta.

Por aqui, na São Paulo Fashion Week, estilistas dizem que está na moda quem compra com consciência. A grife Cavalera fará seu desfile às margens do Rio Tietê. É uma forma de chamar atenção para a degradação ambiental da capital paulista.

Na convenção da NRF, em Nova Iorque, palestrantes são categóricos em afirmar que os consumidores estão exigindo dos varejistas uma postura ecologicamente correta. E isso não se resume à substituir os sacos de plástico por sacolas de pano ou de papel.

A teoria é linda, mas na prática o preço ainda é determinante na hora da compra. Nos supermercados, por exemplo, uma minoria leva na sacola hortifrutis orgânicos, que não usam agrotóxicos, grandes poluidores dos rios.

O fato é que há varejistas que preferem não se arriscar e apostam no marketing verde. Que não fique só no marketing das palavras, acho que o papel do varejo nesse caso é estimular o consumo consciente.

Mas será que isso não seria um contrasenso? Afinal, consumir de forma consciente é, muitas vezes, consumir menos. O que os fabricantes e varejistas de celular diriam sobre isso? Pesquisas mostram que usuários de telefones móveis trocam de aparelho a cada 12 meses. Será que são os mesmos que se simpatizam por lojas com posturas ecológicas?

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